O design gráfico vai muito além da identidade visual de uma empresa. Nos dias de hoje, ele é parte da gestão de marca, uma vez que colabora para gerar valor ao público, construindo uma imagem que representa os ideais, as metas e o posicionamento da empresa diante do mercado.
Ou seja, a excelência do design gráfico está na apropriação do branding, como forma de consolidar uma promessa de valor aos clientes.
De início, essa associação pode até parecer complicada, mas veremos mais adiante como esses conceitos se comunicam para o reconhecimento da sua empresa.
Se você tem interesse em conhecer qual a relação entre design gráfico e a sua gestão de marca, continue acompanhando o artigo!
O que é design gráfico?
O design, em termos mais gerais, significa o projeto ou desenho de algo. Por exemplo, uma loja de móveis planejados costuma ter um designer especializado em projetar móveis, para desenvolver planejamentos personalizados, conforme as características de cada local e as preferências dos compradores.
No entanto, o design vai muito além de traçar linhas em um papel. Ele também se vale dos elementos tangíveis e sensoriais para construir o projeto de algo. Quer dizer que esse desenho também é planejado para incitar sensações nas pessoas.
Diante disso, percebe-se que o design gráfico pode ser visualizado em imagens, cores e textos, entre o que pode ou é visto, mas também engloba os demais sentidos da percepção humana, como olfato, audição e tato, para criar projetos e soluções.
Por isso, considera-se um bom designer aquele profissional que saiba desenvolver uma linha de raciocínio diante de uma problemática, elaborando alguns conceitos, hipóteses e probabilidades, que irão formar um projeto, para ter essa percepção o designer precisa buscar sempre aperfeiçoamento por meio de cursos de design ou em outras áreas para seu desenvolvimento.
O design está presente em muitos artefatos do nosso dia a dia. Por exemplo, o simples desenho de uma camisa para uniforme pode ser considerado um projeto de design, à medida que engloba a consideração das melhores formas, cortes e costuras para fabricar o vestuário. Não é à toa que temos o chamado “design de moda”.
No caso específico do design gráfico, os seus pressupostos têm sido incorporados ao marketing e gestão de marca, uma vez que ele utiliza de elementos visuais e sensoriais para comunicar algo e informar a audiência.
Nesse sentido, um designer gráfico pode trabalhar em vários departamentos, realizando atividades como:
- Criação de sites e plataformas virtuais (web design);
- Animação e conteúdos interativos (motion design);
- Criação de tipografias e fontes;
- Diagramação de produtos midiáticos (jornais, revistas, etc.);
- Ilustração e manipulação de imagens;
- Criação de logo e branding da marca.
Quer dizer que o designer é um profissional que se relaciona com a comunicação da empresa, isto é, com os valores que o seu negócio deseja passar ao público.
Por conta disso, é fundamental que a gestão de marca mantenha um diálogo ativo com o design gráfico, para que a audiência possa reconhecer os valores, ideais e objetivos que o empreendimento deseja transmitir.
Branding, marca e design: como esses conceitos podem alavancar meu negócio?
O branding consiste no poder de marca. Ou seja, a intenção é dotar os produtos e serviços de valores, sendo possível identificá-los e posicioná-los através de vínculos com o público.
Por exemplo, uma empresa de consultoria ambiental tem como branding em seus serviços a sustentabilidade.
Assim, para reforçar essa ideia, a empresa preciso utilizar artigos, posts, experiências e a divulgação do seu serviço com esse valor.
O branding tem uma relação direta com a marca. Isso porque o próprio conceito de marca quer dizer os valores centrais do seu negócio.
Portanto, o branding nada mais que é o objetivo existencial da marca, aquilo que define a essência da sua empresa, unifica as ações e orienta a comunicação com o público.
Já o caso do design, é importante que ele se relacione com o branding e com a marca, até porque ele é uma poderosa ferramenta para vender ideias.
Ou seja, a venda aqui não significa somente as trocas monetárias, mas também a apresentação de conceitos, defesas de causas, entre outras coisas.
Pense, por exemplo, em uma clínica capilar que tem como principal valor o bem-estar de seus pacientes.
O design deve trabalhar em conjunto com o branding para construir uma percepção ao público sobre esses ideias, com o uso de cores que remetam à saúde e imagens, ilustrações e outras fotos relacionadas.
Ou seja, o design vai além da mera identidade visual – a intenção é oferecer uma promessa de valor. Dessa maneira, os consumidores compram os produtos ou serviços pelas suas características especiais, atendendo aos próprios desejos.
No caso do exemplo, os clientes não compram somente pelo tratamento capilar, mas por toda a promessa de oferecer saúde e bem-estar.
Diante disso, a marca e a imagem da empresa precisam ter um relacionamento direto com o design, pois ele penetra em todos os valores, incluindo: a missão, ou razão de ser da empresa; a promessa aos clientes; a imagem que se quer passar; a expressão e a identidade do negócio; e a notoriedade, isto é, como a empresa deseja ser lembrada.
Desse modo, é possível construir um diferencial competitivo, ainda mais em um mercado exigente e de grande concorrência.
Afinal de contas, a empresa oferece muito mais do que o produto ou serviço – ela também vende valores, ideias e promessas.
As vantagens do design gráfico aplicado ao marketing
Depois de compreender a relação do branding e do design gráfico para a gestão de marca, dá para entender o porquê os negócios incorporam esses conceitos nas estratégias de marketing.
Vale dizer que o marketing tem como principal objetivo atender as necessidades e desejos dos consumidores. Por isso, uma campanha de aluguel de notebook, por exemplo, deve trazer o máximo de informações possível para convencer o público da qualidade e dos benefícios do serviço.
Nesse sentido, o design trabalha para identificar quais são as reais necessidades do público, além de modificar as percepções de valor dos consumidores. Com isso, é possível construir o tão almejado diferencial competitivo.
Assim, para oferecer algo que realmente atende os desejos dos clientes, as empresas precisam conhecer as tendências de mercado, o estilo de vida e as características do público-alvo.
Vamos imaginar na prática: uma loja está vendendo uma nécessaire personalizada para o público feminino. É importante que a empresa saiba um pouco do perfil das clientes, suas preferências e gostos, para que a propaganda possa ser direcionada, assim como o design.
O design é, então, algo que influencia as decisões de compra, seja pela emoção provocada nos clientes, ou mesmo pela materialização do valor.
Muito disso, porque o branding ajuda a identificar as necessidades do público e trabalha ao lado do design para despertar o interesse.
Dessa maneira, um bom marketing, que inclui o design estratégico, pode pensar em um anúncio de puxador de gaveta que realmente atraia a audiência. Como resultado, pode-se ter maior conversão de clientes e aumento de vendas.
Sabemos que a gestão do design, seja na indústria, comércio ou serviços, é algo relativamente novo. Por isso, é importante estar atento às tendências de mercado e pesquisas na área, que mostram as melhores formas de aplicar o conceito no branding.
Ademais, vale ressaltar que o próprio consumidor passou por transformações ao longo dos anos.
Hoje em dia, seu comportamento é muito diferente, já que ele não quer somente adquirir um produto ou serviço, mas sentir que adquiriu algo diferenciado e que corresponde aos seus valores.
Além do mais, o design gráfico está em praticamente tudo dentro da empresa: desde a construção do logo, a identidade visual, mas também na construção de sites, propagandas digitais, anúncios, materiais de divulgação, etc.
Ou seja, o design materializa os valores em elementos tangíveis ao público, influenciando na tomada de decisão.
Conclusão
Construir uma marca é criar uma imagem na percepção do público.
Sendo assim, o design gráfico é um dos recursos mais importantes para a gestão do branding, uma vez que ele é capaz de comunicar valores, ideais e a filosofia do seu negócio, por meio de imagens, ilustrações, cores e outros elementos visuais.
Portanto, é fundamental coordenar ações de design em conjunto com o marketing, desenvolvimento de produtos e, até mesmo, na cultura organizacional das empresas.
Dessa forma, a empresa pode estabelecer a sua identidade e, mais do que isso, vender percepções aos clientes e emoção ao público.